terça-feira, 26 de janeiro de 2010

FUNÇÃO SIMBÓLICA E A CAPACIDADE REPRESENTATIVA

FUNÇÃO SIMBÓLICA E CAPACIDADE REPRESENTATIVA



A capacidade representativa aparece nos primeiros meses após o nascimento. Porém muitas vezes é exercida ainda pelo feto.A representação começa a partir do momento em que o sujeito ultiliza a função simbólica para chegar a solução de problemas, pois, representação é a capacidade de evocar por meio de um signo ou de uma imagem simbólica, o objeto ausente ou a ação ainda não realizada, começa quando há simultâneamente diferenciação e coordenação entre significações. Há representação quando se imita um objeto ausente.
Todas essas definições de Piaget remetem às ações da criança.O exercício da capacidade representativa, é o exercício de uma ação, porém não mais sensório-motora.É uma ação (pré) conceitual, porque a criança nessa fase do desenvolvimento ainda não construiu totalidades operatórias.
A representação confunde-se com o pensamento. (em uma acepção mais lata). Na acepção mais estrita, a imagem mental ou a recordação-imagem, isto é, a evocação simbólica das realidades ausentes (...) O conceito é um símbolo concreto. ( Piaget, 1978, p87).



A cada novidade de comportamento, corresponde alguma novidade na organização de sistema (sucção e preensão).Inicialmente esses esquemas funcionam independentemente.Uma criança pega um objeto e tenta levá-lo a boca, após inúmeras tentativas e ações a criança consegue. Isto significa para Piaget que ela ( a criança), fundiu os esquemas e fez surgir uma nova realidade.
A criança no exercício sensório-motor, nos dois primeiros anos, realiza diversos esquemas, como: puxar, agarrar, empurrar, atirar para deixar cair, esquemas auditivos, esquemas visuais, esquemas gustativos, olfativos, esquemas tátil-cinestésico de todos os tipos.



Todo esquema antes de ser simbólico foi construído como um esquema sensório-motor. As construções simbólicas ou esquemas simbólicos, originam-se de reconstruçoes, num novo patamar de esquemas sensório-motores, pois, como toda passagem desse tipo, caracteriza-se por um tempo, mais ou menos longo , de egocentrismo.
De acordo com Piaget, a fala encipiente da criança dubla ações sensório-motoras ou coordenações dessas ações.
A partir desse momento a criança começa a dar sinal de sua passagem para o estágio simbólico, pela imitação diferida, que é feita na ausência do modelo, no sentido espacial ou temporal.
Gessel (1963), segundo ás médias obtidas, uma criança de 10 meses fala apenas uma palavra, a de 18 alcança 22 e a de 24 meses dispara para 272 palavras.
Antes dos dois anos de idade, o estágio da função simbólica exerce pouca tração,a criança prefere brincar com objetos do mundo fisíco e imitar quadros sensoriais em vez de se deleitar com símbolos, pois esses são inacessíveis a ela, por não ter construído a estrutura simbólica.
A função simbólica tem dois atributos fundamentais e complementares: Distinguir o significado de significante e criar significantes. Por exemplo, a criança reproduz uma palavra pronunciada pela mãe, na qual o verdadeiro significado a criança desconhece e reproduz sem lógica.Piaget distingue duas categorias de experiência: A experiência fisíca, que consiste em agir sobre os objetos para retirar deles qualidades próprias do objeto. E experiências lógico-matemática que consiste em agir sobre os objetos.
O grande desafio do adulto e do professor, em particular, é o compreender que o pensamento da criança é diferente do seu. Não inferior, menos complexo, menos ingênuo, mas diferente.
O valor pedagógico que afirma que o ser humano é obra dele mesmo, que o ser humano se constitui na medida em que se apropria do que fez de certo ou errado, de justo ou injusto, de bem ou de mal, de amoroso ou de perverso, de grandioso po de medíocre- na medida em que toma consciência de suas ações e das coordenações de suas ações.



" Paulo freire afirmou não poucas vezes que não há prática revolucionária sem teoria revolucionária.
Para Piaget, não havia respostas novas sem perguntas novas."

" Experiência não é o que se fez, mas sim o que se faz com aquilo que se fez" ( Aldous Huxley)

Professora Gabriela Falcão- Turma Maternal I

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